09/09/2025 - Financiamento imobiliário no Brasil: fontes de recursos em debate no Conecta Imobi 2025
O painel “Panorama da Construção”, realizado no Conecta Imobi 2025 – o maior evento do mercado imobiliário da América Latina, promovido pelo Grupo OLX – destacou o potencial das fontes de recursos disponíveis para sustentar a expansão do setor. Participaram do debate, que foi realizado ontem (3), Luiz França (presidente da ABRAINC), Renato Correia (presidente da CBIC) e João Teodoro (presidente do Cofeci).
Segundo os debatedores, o modelo atual de financiamento imobiliário no Brasil é robusto e merece ser preservado. Ele reúne o FGTS, a poupança — que soma cerca de R$ 700 bilhões —, e instrumentos de mercado como LCIs (Letras de Crédito Imobiliário), CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e LIGs (Letras Imobiliárias Garantidas). Juntas, essas fontes superam R$ 2 trilhões em recursos.
“Os bancos já aplicam mais do que os 65% obrigatórios da poupança no setor imobiliário, e ainda contamos com as emissões de mercado”, ressaltou Luiz França, da ABRAINC, entidade que congrega 89 incorporadoras.
O painel também chamou atenção para a importância de aportes adicionais. Renato Correia, da CBIC, lembrou que a ampliação do teto do programa Minha Casa Minha Vida para R$ 500 mil conta com recursos do Fundo Social do Pré-sal — cerca de R$ 15 bilhões por ano — e mais R$15 bilhões anuais da Caixa Econômica Federal.
Ele sugeriu ainda a liberação de 5% dos depósitos compulsórios, valores que hoje ficam retidos no Banco Central para controle do volume de dinheiro na economia. A medida poderia injetar R$35 bilhões extras no mercado, com foco especial no atendimento à classe média.
Embora os juros continuem sendo um desafio – as altas taxas foram apontadas como entrave central para maior acesso da classe média ao financiamento imobiliário -, os participantes ressaltaram que a existência de funding sólido garante estabilidade e segurança ao crédito imobiliário. “Dinheiro existe, o problema é o custo”, disse França.
O debate também trouxe à tona a necessidade de ampliar o acesso à moradia em função do déficit habitacional estrutural do país. Hoje faltam cerca de 7 milhões de habitações, e a projeção é que o déficit atinja entre 12 e 15 milhões de unidades em dez anos.
No curto prazo, porém, o mercado segue em equilíbrio, com estoques médios de 12 meses para imóveis de médio e alto padrão e de 10,5 meses para o Minha Casa Minha Vida. “Se todos parassem de lançar hoje, o estoque seria consumido em até um ano”, explicou França.
Informações cedidas por Grupo OLX
Fonte: https://www.papoimobiliario.com/financiamento-imobiliario-no-brasil-fontes-de-recursos-em-debate-no-conecta-imobi-2025/
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